sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Muslim Quarter

Bem, como eu tinha prometido, vou contar sobre o centro da cidade de Xi'an. Fui pra lá na quarta-feira, num ônibus de dois andares, sentado obviamente no segundo. Esta cidade foi a capital de várias dinastias antigas da China, como a Qin (dos guerreiros de terracota), da Tang, da Ming, etc. Ou seja, alguns milhares de anos de história. A cidade antiga, o que eu estou chamando de centro, é cercada por uma muralha bem desenhadinha, que faz um retângulo em volta dela. A avenida que está do lado da minha universidade é bem o eixo norte-sul da cidade. Pegando um ônibus que suba essa avenida reto sentido norte, chega-se ao portão sul da muralha. É uma visão bem impressionante, tem uma praça enorme logo antes da entrada. Contorna-se a praça e tem um túnel por dentro da muralha à direita da antiga entrada.
Eu desci num lugar qualquer lá no meio e comecei a andar, procurando alguma coisa interessante. De repente, vejo que estou num lugar bem turístico e cheio de gente. Quando vi que tinha umas chinesas de lenço no cabelo, percebi que estava no famoso bairro muçulmano de Xi'an. Dei uma pesquisada: moram uns 50.000 muçulmanos aqui na cidade (que tem 8 milhões de habitantes no total). Os muçulmanos chegaram na China há muitos séculos, primeiro vieram comerciantes que aqui chegavam por via marítima e pela rota da seda. A rota da seda foi uma estrada de comércio que se formou quando império romano começou a fazer negócio com os chineses. Depois, no séc. XIII, quando os mongóis conquistaram a Ásia central, muitos persas e turcos fugiram pra China. A religião criou o vínculo entre esses diferentes povos islâmicos e surgiu a etnia chinesa muçulmano Huì. A cidade de Xi'an era muito importante nessa época, ainda mais por ser o ponto de partida da rota da seda em direção ao ocidente.
É estranho ver um monte de ruas cheias de chineses com véus, placas escritas em árabe e chinês, olhinhos puxados que não comem porco nem tomam cerveja (como a maioria das pessoas faz aos montes nesta região). Vi vários templos antigos que pareciam ser usados até hoje em dia e deu vontade de conhecer. Mas eu não falo chinês nem sou muçulmano, ia ser foda. Tem uma feira que vende basicamente frutas secas, especiarias, nozes e artesanato. Tem uma ruazinha bem estreita, o famoso mercado do bairro. Vendem de tudo, até roupa de marca, que não sei se era desvio de produção ou falsificado mesmo. Essa parte mais turística é bem isso, eles só querem ganhar dinheiro. Vendem de tudo que os viajentes queiram levar de pechincha e souvenir. Não tem muita história. Quem quer história tem que procurar, como eu tento fazer cotidianamente.
Uma das partes mais interessantes que eu achei, é uma rua cheia de vendinhas de comida, cheia de becos, como muitos lugares da cidade.


Escolhi para almoçar um lugar que vi que tinha uns turistas comendo do lado de dentro. Os muçulmanos fazem uns pratos um pouco diferentes dos chineses, mas não muito. Neste lugar eles faziam um pão chato de massa folhada com recheio de verdura e um prato com uns cubinhos moles temperados, que me disseram se tratar de algo feito com feijão, vai saber como.




Trabalhava uma família inteiro lá. A mãe arranhava um inglês e tentou me explicar sobre a comida que ela fazia.
Percorri muitas ruas do bairro depois disso, observando muita coisa interessante. Andei por ruas onde os turistas não costumam ir e as pessoas me olhavam mais ainda que o normal. Os caras que dirigem um tipo de moto-taxi com cabine ficavam o tempo todo me perguntando se eu queria subir e ir pra algum lugar. Eu só balançava a cabeça negativamente. Está tudo repleto com estas entradinhas pro meio do quarteirão.


Depois disso, quis ir visitar a muralha, mas não entrei porque tinha que pagar e eu queria ficar uma tarde inteira dando a volta na cidade antiga pra valer a pena.


Decidi contornar uma parte da muralha até a saída do portão sul. Estava bem tranquila esse pedaço todo, foi gostoso em contraste com a balbúrdia do resto do centro.





.....

O tempo aqui anda chuvoso e deu uma esfriadinha boa. Ontem me levaram pra comer num restaurante de uns tibetanos. Uns espetinhos de cordeiro na brasa, brócolis e pepinos com muito alho e um macarrão frito com molho de tomate e muito tempero. Muito tempero sempre, por aqui. E picante. Já tenham isso sub-entendido!

Até.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Meu apê

Bem, vou mostrar o lugar onde estou morando pra matar a curiosidade de vocês. Aqui tem um mapa do google pra terem uma idéia de onde fica. É o campus da universidade. Esse mapa é interativo, dá pra mexer e dar zoom pra mais longe se quiserem ter um plano mais geral. O campo de futebol que dá pra ver é do lado do meu prédio (canto direito superior, antes da avenida).

View Larger Map

Aqui nesta foto dá pra ver os dois prédios dos profs estrangeiros. O meu é o de trás, circulei exatamente a janela da sala do apê. Tem uma varanda também, mas acho que não dá pra enxergar neste tamanho.
Entrada.

É muito comum este tapete vermelho aqui na cidade. Aliás, a cor vermelha nas coisas de um modo geral.


Não tirei foto da porta pelo lado de fora..

Acho que o resto eu não preciso explicar...













Deu pra ter uma boa idéia?? Algum dia eu coloco também fotos das vistas que eu tenho das janelas. Esta outra foto é do escritório do Charlie, o cara que gerencia as coisas por aqui. Fica num prédio na frente dos dois prédios dos professores. Ele estava hoje recebendo uma nova professora. Acho que é Satie o nome dela. Americana.






Falei com ele hoje e parece que só vou começar mesmo a dar aulas em outubro por causa do treinamento militar que os estudantes do primeiro ano recebem quando entram na faculdade aqui na China. Mas começo a ganhar em setembro, ou seja, um mesinho de férias pagas (na China) pra começar, nada mal.
Hoje peguei um ônibus pro centro e fiquei a tarde inteira perambulando pela cidade antiga, principalmente pelo bairro islâmico que tem aqui, uma coisa de louco. Um monte de chineses com jeito de árabe. Parece que o islamismo chegou aqui há milhares de anos, não descobri exatamente como. Amanhã vou tentar colocar as fotos de lá e falar mais a respeito.
De resto, estão chegando mais professores aqui na universidade, pois as aulas começam na segunda (para a maioria). Não muito interessantes, a maior parte gente mais velha, meio chata, uns casais, etc. Vamos ver no que isso vai dar.
Ontem de manhã fui com uma porção deles numa van até um centro de exames de saúde da província. Entreguei a batelada de exames que eu tinha feito no Brasa e me dispensaram de todos. Valeu a pena ter feito tudo antes. Fui dar uma volta pela vizinhança enquanto os outros pagavam o mico. Nesse grupo tinha um casal de americanos de meia idade bem gente boa. Eles estavam com o filho de 5 anos, uma criança Guatelmateca que eles adotaram ainda bebê, se não me engano.
Meu chinês está começando (vejam bem: começando) a me servir pra alguma coisa. Consigo balbuciar mais ou menos o lugar que quero ir pro motorista do busão me responder se passa ou não por lá.
O calor deu uma melhorada hoje, até por isso que eu fui dar o rolê de tarde.
Passei por uns lugares turísticos bem interessantes hoje, mas tinha que pagar e eu não quis entrar. Explico: Eles cobram um preço que não é caro, mas é um dinheiro razoável por aqui. A informação em inglês que existe dentro desses lugares é parca e uma porcaria. É difícil encontrar alguém que fale essa língua e que tenha uma boa história pra te contar a respeito. Aí, o que acontece é que você entra, dá uma olhada, e fica só pirando no que deve ser tudo aquilo, instrumentos musicais, vasos, inscrições antigas, desenhos, etc. Não dá pra ter a mais remota idéia do que represente qualquer lugar. Daí, eu prefiro estudar um pouco antes e voltar (e pagar) sabendo que diabos é aquele monte de antiguidade. Pro governo daqui, inclusive, parece que é um pouco assim: "- Nossa! Olha aquele monte de lugar antigo pros turistas visitarem!! Vamos colocar uma plaquinha dourada na entrada, uma moça vendendo os ingressos e um cara rebendo." As pessoas daqui não parecem dar muito valor, sei lá, por exemplo, as plaquinhas em inglês estão escritas com tudo errado! Os lugares são super interessantes, é uma pena.

Tentarei atualizar bastante este site!!

Um grande beijo a todos.

Diego





domingo, 26 de agosto de 2007

Ambientando...

Tenho uma coisa pra contar pra vocês. Realmente existe censura à internet na China. Eu consigo, por exemplo, escrever esta mensagem e publicá-la, mas não consigo entrar neste blog para ver como ficou, porque o site Blogger.com está bloqueado pelo governo chinês. Eu tenho que usar um site chamado anonymouse.org, que me redireciona pra minha página!!!
Estes dias eu tenho acordado cedo, passeado de manhã, e de tarde ficado mais aqui no apartamento, ainda mais agora que estou com minha nova paixão, meu MacBook, instalado com acesso à internet do campus. O calor depois do meio dia é bem difícil de aguentar.
Esta é uma rua só para pedestres aqui dentro do campus, e tem um jardim muito bonito rodeado por uma pequena marquise. Estou fazendo um esforço enorme pra tentar aprender um pouco de chinês nas horas que fico aqui no ap. Agora, com o computador, que chegou na sexta de manhã, fica mais fácil, pois escuto uns cd's de uns cursos. É uma merda sair na rua e não ter noção de nada, nåo conseguir falar com ninguém, nåo poder perguntar direções, olhar pra uma placa de uma loja e não ter a mínima idéia do que seja vendido lá. Tudo que eu consigo fazer agora é pedir uma água gelada (se não pedir gelada eles te dão quente mesmo!), perguntar quanto custa alguma coisa apontando pra ela e com muita dificuldade entender o valor que a pessoa me responde. Logo mais vai começar o curso de chinês que a universidade dá pros professores estrangeiros e acho que deslancho (de leve).
Agora eu preciso explicar uma coisa pra que entendam alguns porquês. A cidade de Xi'an está eternamente mergulhada numa neblina densa e acizentada. Esta foto eu tirei no dia em que fui até o centro visitar a torre do sino. Essa construção antiga que vocês estão vendo é a torre do tambor, que está a só 200 metros de mim. Reparem na maldita névoa!
O sujeito nunca sabe se está sol, nublado, se é manhã ou tarde, se vai chover ou não, se ele está na sombra ou se sua pele está sendo lentamente bronzeada. Por isso, muitas vezes eu tento lembrar de cousas que me passaram por aqui e não consigo lembrar em que hora do dia aconteceram. Talvez, quando eu esteja numa rotina de aulas, eu possa ter mais referência. Esta semana fiquei pra lá e pra cá, fazendo as coisas conforme eu ia tendo idéias, pois, afinal, estou sem nenhuma obrigação por enquanto. Bem, quinta-feira de manhã (eu acho...) uma professora com cara de ocidental me abordou aqui no campus e me convidou pra almoçar com ela e com o marido num restaurante aqui por perto no dia seguinte. Eles são australianos, ela mora aqui há 4 anos ele há 9!! Fiquei conversando com ela por uns cinco minutos, alegre que estava por poder me comunicar com alguém. Então, na sexta, eles me levaram à um restaurante muito bom aqui perto. Pedimos vários pratos diferentes, todos cheios de molho, muito temperados e um mais picante que o outro (a comida é toda assim aqui nesta região). Os pratos são todos colocados no centro da mesa e você vai comendo direto da daí com os seus palitinhos. Alguns restaurantes te dão um pequeno pratinho, do tamanho de um pires, que é mais pra apoiar o seu hashi e segurar os respingos. Se você pediu uma porção de arroz, que é individual e vem num potinho, pode ir pegando um pouco de comida e ir colocando em cima dele, e então comer as duas coisas juntas.
Os dois australianos são muito simpáticos, Chris and John. Eles se conheceram quando ela veio pra cá pela primeira vez como estudante há vários anos atrás num intercâmbio, quando ele já era professor. Depois ela voltou pra Xi'an para trabalhar como professora de inglês e hoje eles moram juntos num apartamento igual ao meu. No final do almoço, de repente, eu vejo um cara meio que engatinhando como um cachorro no salão e chegando cada vez mais perto de mim, em movimentos histéricos, até realmente colar do meu lado e começar a cheirar a minha perna como um bicho. Era Oliver, um professor amigo do casal, se apresentando. Ele, certamente, como vocês puderam perceber, é uma das pessoas mais figuras que eu já conheci. Ele e um outro cara que estava junto sentaram conosco. Os dois são ingleses e, como tais, gostam bastante de cerveja. Aliás, tenho que confessar uma coisa: a cerveja daqui é deiciosa. É diferente, e é feita com arroz e cevada, eu acho. Muito boa! Tem várias marcas locais e é bem barata, até nos restaurantes. Eles almoçaram e eu tomei mais uma.
Ontem, sábado, fomos jantar todos juntos mais um professor mexicano, uma indiana e um outro cara da austrália. Oliver não parava de falar nunca, nem de fazer piadas e contar histórias. Depois de comer, fui com ele e com o outro inglês pra um bar aqui do lado do campus tomar mais cerveja de arroz. Eles me contaram que o outro australiano que estava com a gente no jantar faz parte de um grupo de professores que a igreja católica mandou pra cá. Parece que existe um acordo em que a universidade economiza trabalho, e talvez dinheiro, e a igreja arranja vários profesores de língua estrangeira por ano, todos religiosos e que vem meio que catequizar os chineses. Dá pra acreditar???
Voltamos pra casa lá pela meia noite e nos despedimos. Oliver trabalha em Beijing. Não vou poder rir do seu humor inglês cotidianamente... uma pena.

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sábado, 25 de agosto de 2007

A viagem

(Mensagen criada originalmente como um email, no dia 22 de agosto de 2007, quarta feira.)

Ola!

Bem,

vai ser dificil a principio, mas vou ter que escrever sem acentos, vcs me desculpem, eh que eles estao longe de funcionar num teclado na China...

Hoje eh quarta-feira, sao 6 e meia da tarde. Estou sentado numa lanhouse, numa poltrona soh pra mim, olhando pra um monitor de cristal liquido. Cheguei em Xi An depois de muitas horas de viagem na segunda de noite, no Brasil ainda era segunda de manhazinha.
((Toronto e o lago Ontário))
Em Toronto, onde tinha que trocar de voo, saih para visitar a cidade porque tinha algumas horas pra esperar pelo embarque. Tive sorte: fiz amizade com uma companheira de viagem que morava lah e me levou de taxi ateh onde ela dividia uma antiga casa com o namorado. Natasha era seu nome. O motorista era indiano, como a maioria dos taxistas que vi pela cidade. Toronto esta repleta de chineses e indianos, pelo menos por onde eu passei. Da casa deles eu peguei um bonde ateh o centro. Foi facil me virar num lugar onde todos falam ingles e tudo funciona muito bem, como era de se esperar num pais de primeiro mundo como o Canada. Passeei um pouco pelo centro e estava comecando a ficar com fome quando, procurando algum lugar para comer, quem sabe, um hotdog, dei de cara com uma feira de cultura indiana e comprei um pao estranho com duas sobrecoxas de frango por cima, obviamente encharcadas com um molho de curry extremamente apimentados. ((estação Dundas do metrô))
Depois de voltar pro aeroporto mais rapido do que esperava, comecei jah na sala de embarque pro meu voo ateh beijing (pequim, para quem nao sabe - pei quer dizer norte e jing, capital, cidade.), como dizia, comecei a perceber como eram os chineses, porque 90 por cento dos passageiros eram daqui. ((fumando um pigas do lado de fora do aeroporto))
A viagem do Canada ateh a China foi uma coisa indescritivel. Imaginem voar num aviao gigantesco, cheio de olhinhos puxados mexendo nos seus monitores de tv individuais, numa viagem de interminaveis 13 horas, onde o sol nunca se mexe do horizonte, voando contra a rotacao da terra . O que vc acha que acontece com seu corpo e com sua cabeca quando vc parte de um lugar as 2:30 da tarde e chega 13 horas depois as 3:30 da tarde do dia seguinte sem nunca ter visto o sol se por. Nao existiu a noite de domingo pra segunda pra mim.
Depois de esperar algumas horas no aeroporto de Beijing, sem coragem de passar da porta do edificio por causa dos abafados 36 graus que fazia, peguei o ultimo voo ateh Xi An.
((aeroporto de Beijing))
((restaurante no aeroporto))
((uma das lojas na sala de embarque, bem chinesa, imagina))
((meu avião pra Xi'an))
Eu jah estava exausto, apesar de ter dormido ateh que bastante no ar. Cheguei aqui e tinha uma mulher me esperando com meu nome escrito num folha sulfite (obviamente meu sobrenome estava escrito errado...). Ela falava um espanhol ateh que bem razoavel. Seu nome era Margarita. Os chineses costumam ter nomes ocidentais para nohs ocidentais. Como ela tinha estudado espanhol, seu nome era como tal. Entramos numa van e fizemos uma pequena viagem ateh o campus antigo da universidade
onde ficam os alojamentos. Calor insuportavel eh tudo que eu pensava naquele momento, ateh o sono tinha sumido com a exitacao da chegada. Eram 10 e meia da noite e estava mais de 30 graus, nem no Rio eu passei tanto calor. Quando chegamos ao meu apartamento, que fica no terceiro andar de um predio de quatro pavimentos, qual a minha surpresa! Eu nem sabia se ia ter um quarto soh pra mim. Afinal eu tinha um apartamento de 60 metros quadrados soh pra mim!!! Quarto com cama king size, ar condicionado, guarda roupa. abajur.... Sala com varanda, escrivaninha, tv, poltronas. Cozinha com geladeira e freezer. Banheiro desses bons. Agua quente por toda casa ( nao que eu esteja usando). Ontem, Margarita veio me buscar de manha cedo pra me mostrar os arredores e me situar. Trocamos dinheiro, compramos um chip pro meu celular funcionar por aqui e fomos fazer umas compras num supermercado que mais parecia um shopping center. Comprei comida e alguns utensilios de cozinha, pois em casa nao tinha nada. Ela me levou num restaurante de comida tipica daqui, um lugar bem simples, bem barato, como tudo por aqui. (pausa pra enxugar o suor da testa...).
No final da tarde, nao conseguia conter o sono e fui dormir as sete horas da noite. Acabei acordando as duas da madruga. Maldito Jet lag!!! Fiz forca e consegui dormir ateh as seis e pouco. Se nao forcar um pouco, vou demorar muito pra me adaptar aos horarios. Como era muito cedo, tomei um nescafe, que aqui eh vendido em caixas com saches. Cada sache dah pra uma xicara e jah vem com acucar. Depois saih pelo campus pra dar uma olhada melhor e fazer umas fotos. Ainda estava um pouco fresquinho de manha bem cedo. A universidade onde estou e onde vou trabalhar eh estatal, descobri. Chama-se XISU- Xi An International Studies University. O campus onde estou morando jah tem uns 50 anos, e eh bem grande. Hoje em dia funciona mais como moradia pros professores e estudantes, restam alguns cursos e hah muitas quadras de basquete, tenis e um campo de futebol enorme. Existe um campus novo, que é onde eu vou dar as aulas de português e espanhol. Havia muitas pessoas se exercitando de manha cedo, muitos idosos inclusive. As pessoas me olhavam e eu me senti realmente estrangeiro, diferente. Eh bem estranho ser fisicamente diferente num lugar onde nao se fala a lingua das pessoas, que sao 8 milhoes nesta cidade, por sinal.
Depois fui andando ateh o centro da cidade, que nao eh longe nem perto.... Subi na torre do sino, um dos locais turisticos mais famosos da cidade. (( Apresentação dentro da torre do sino))
Fazia tanto calor nessa hora, que eu nem tive muita paciencia pra ficar ouvindo as explicacoes em inlgles do mp3 player que eu tinha alugado na entrada. Voltei e almocei as sobras do almoco de ontem do restaurante. Um frango picado com muito molho picante e amendoim, que requentei na minha nova wok de ferro, de fundo grosso, de 27 reais!!!!
Acabo de voltar de um shopping de eletronicos, onde tinha ido com Charlie, o diretor da minha area da faculdade. Encomendei um Mac Book!!!! Vai me custar 10.000 Yuans, 1300 doletas, mas eh uma maquina!!! dualcore 2.0, 80 gb, 1g ram......
((pagamento em dinheiro vivo...))
Em breve estarei escrevendo e postando fotos da minha sala com ar condicionado.
Agora vou voltar pra casa, jah estou morrendo de calor e sono. Poderia contar milhares de detalhes mais, sobre tudo que tenho visto e vivido neste dois dias por aqui, mas vou deixar pra destilar as sensacoes e contar tudo com mais clareza pra vcs.

meu tel por aqui
tem que discar: 00 86 1582 9760355
se nao der certo, tentem colocar um 29 depois do cod do pais
mandem este email a quem eu esqueci e a quem acharem necessario.

beijos e abracos a todos,

Diego